domingo, outubro 12, 2008

Era uma vez em Rosario

E mais uma vez estarei lá com minha obra, participando da mostra “Joven y Efímero” produzida pelo Centro Cultural Parque España. A exposição inaugura dia 18 de outubro.

“El Columpio” por Laura Cogo

A obra pictórica que tomo como referência pertence ao Rococó francês (séc. XVIII). Se trata do “Balanço” de Jean Honoré Fragonard. O título original é “Les hereux hasards de l´escarpolette”. Hoje ressurge todo em tule, como uma lembrança. A transparência ressalta sua presença/ausência. O tempo presente corre velozmente sem nos permitir retê-lo. Nossas memórias compartem essa fugacidade.

Outra San Fernando

A artista argentina Lucrecia Urbano lançou um novo projeto: artistas convidados deverão intervir em uma casa na localidade de San Fernando (Gran Buenos Aires) conservando o conceito de casa/lar. Todas as obras ali expostas construirão uma nova percepção desta casa. O ousado deste projeto é a intenção de aproximar povos que vivem diferentes “mundos”. A casa está localizada na fronteira da classe alta e da baixa de San Fernando. É só atravessar a rua para perceber a diferença. A movimentação na casa já começou com a intervenção da artista argentina Agustina Nuñez no muro externo. Crianças da redondeza ficaram curiosas e acompanharam a artista no preparo do mural.

Fui convidada pra participar deste projeto. E vou apresentar uma sala de espera em um dos quartos da casa. A casa será aberta ao público a partir do dia 18 de outubro.

El Juego de la Vida

A la deriva o a la rutina – El Juego de la Vida é a produção de intervenções artísticas independentes no espaço público urbano, que intencionam a criação de recorridos físicos em diversos pontos da cidade de Buenos Aires propondo ao espectador transeunte a possibilidade de escolher seu caminho: o da rotina ou o da deriva. Referencial teórico: A Teoria dos Momentos (1959), de Henri Lefebvre, e o Manifesto Situacionista (1960), encabeçado por Guy Debord.

Registro em vídeo do primeiro caminho criado:

No muro

Passeando distraidamente pelas ruas do Bairro Chino em Buenos Aires, percebi entre as trepadeiras de um muro uma mini tela de TV. Me aproximei, e lá fiquei um bom tempo assistindo imagens de um mar em movimento. Ao lado da tela alguém escreveu “Gracias por el mar”. Não sei do que se trata, o que há atrás do muro e de quem é o vídeo. Lindo!

Não vou escrever aqui as coordenadas exatas pra chegar ao muro. Mas já se sabe, fica no Bairro Chino, que é bem pequeno, com poucas ruas. Vale a pena encontrar de surpresa!