My Kid Could Paint That
Uma menina de 4 anos vê o pai pintando uma tela e pede para pintar também. Ele dá todos os materiais pra menina, prepara tudo, e ela começa a brincar. Espreme as bisnagas de tinta em cima da lona, pega os pincéis maiores, esfrega, mete as mãos e os dedos e dali sai uma pintura abstrata bem colorida e bem viva. Assim começou a precoce carreira artística de Marla Olmstead (nascida em 2000, em Binghamton, NY). Tudo foi documentado pelo diretor Amir Bar-Lev em My Kid Could Paint That, desde sua primeira exposição individual até seu declínio profissional por conta de uma matéria apresentada no telejornal norte-americano 60 minutes. No telejornal, questionaram a veracidade da história. Especialistas analisaram suas pinturas e perceberam que algumas estavam muito “pensadas” e “organizadas” em comparação àquelas em que filmaram a menina pintando, as únicas que se tem a prova de que foi realmente ela quem pintou. E das que ela pintou, umas saíram interessantes (talvez por acaso), outras eram apenas brincadeira de criança.
Assisti ao documentário esses tempos e foi aí, então, que conheci toda a história dessa pequena artista. Há tempos que minhas opiniões com relação à arte não oscilavam tanto. Passei por momentos de indignação, de compreensão, de tristeza, de dúvida.
Claro que o fator de maior importância nessa história toda é a idade da menina, e não a qualidade da sua pintura, ou sua consciência como artista. E essa última, acredito ser a maior questão de todas: É artista aquele que não se considera um artista? É arte aquilo que é realizado sem compromisso com a arte?
Podemos considerar arte tudo aquilo que nos parece ser arte. Todos podemos definir para nós mesmos o que é arte e contrariar os demais. Mas estaremos respeitando aquele que produziu suposta “obra”? Nem todos querem ser artistas, nem tudo que é produto de uma criação é arte. Devemos rever nossos conceitos, não os que aparecem nos livros, mas aqueles que nós entendemos e acreditamos serem verdadeiros, os mais genuínos.
Todas as áreas devem ser respeitadas, assim como todos seus profissionais e especialistas. Por que na arte pode tudo? Por que não considerar os limites e critérios empregados? Por que esse carnaval, esse oba-oba? Essa falta de seriedade?
Arte é trabalho, é meu trabalho. Arte é fundamental para a vida do ser humano, para sua alma, para seu pensamento, para sua satisfação intelectual. E por isso deve ser tão respeitada quanto as demais áreas do conhecimento.
Não sei até onde acredito na ingenuidade dos pais de Marla Olmstead. Sua vontade de ganhar fama e alguns milhares de dólares, com certeza, falou mais alto do que preservar a liberdade dessa criança que passou a ser constantemente estimulada a pintar. Já não era mais brincadeira e a demanda era grande.
Suas pinturas seguem à venda pela Internet.
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Claro que o fator de maior importância nessa história toda é a idade da menina, e não a qualidade da sua pintura, ou sua consciência como artista. E essa última, acredito ser a maior questão de todas: É artista aquele que não se considera um artista? É arte aquilo que é realizado sem compromisso com a arte?
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6 Comments:
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Dário Dutra
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"Por que esse carnaval, esse oba-oba? Essa falta de seriedade?" Que massa ver um artista dizer isso. Sério mesmo.
E te digo mais, assim que eu tiver meu título de Doutora em Arte Contemporânea na mão, vou botar ordem nessa bagunça!
Beijos
mas eu bem que gostei daquele quadrinho da cria baderneira.
Definição de Arte segundo o estúdio de animação Aardman:
http://br.youtube.com/watch?v=pDo_vs3Aip4
adorei a animação!
bjo,
Mariane.
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