Rosa Chancho
Em abril deste ano fui selecionada para participar de um programa da Fundación Telefónica chamado Intercampos, para freqüentar um atelier teórico-prático de análise e desenvolvimento de projetos. Eram 24 vagas, éramos 31 artistas – sendo que havia 2 duplas + grupo de 6 integrantes, o Rosa Chancho. Grupo esse formado por uma gurizada, artistas muito novos e em fase de amadurecimento, como artistas e como grupo também.
E quando começaram as apresentações, pude perceber o nível de seriedade dos artistas argentinos. Politicamente engajados, com projetos mais dentro do campo social do que do visual, com uma vontade muito forte de provocar mudanças no sistema das artes. E o grupo Rosa Chancho demonstrou estar tão mais envolvido quanto os artistas mais experientes (ou mais velhos).
Seu projeto: criar uma galeria que comece da janela de uma fachada e termine na rua em frente – podendo desdobrar-se pelos arredores. A galeria foi inaugurada assim, com sua fachada, a janela-vitrine, a calçada da frente e parte da rua pintadas de branco. Intenção: expulsar o cubo branco do espaço interno da galeria.
Desde então, artistas vêm intervindo neste espaço de várias formas. E a proposta é que cada artista novo que chega deve trabalhar em cima da obra anterior, sem retirar nada. Portanto, a obra do primeiro artista está presente na do segundo e a do primeiro e do segundo na do terceiro, e assim vai. Obras em transformação contínua.
Orilo Blandini (Argentina) – Segunda intervenção na galeria Rosa Chancho. O sangue do boneco se estendia pelo espaço da galeria na calçada e percorria um caminho de 100 metros no qual o espectador devia guiar-se até completar a obra. No final do caminho, o espectador se deparava com um outdoor sobre um edifício da Av. Córdoba, em Buenos Aires. E lá estava escrito: SOLO le temo a la MUERTE.
E quando começaram as apresentações, pude perceber o nível de seriedade dos artistas argentinos. Politicamente engajados, com projetos mais dentro do campo social do que do visual, com uma vontade muito forte de provocar mudanças no sistema das artes. E o grupo Rosa Chancho demonstrou estar tão mais envolvido quanto os artistas mais experientes (ou mais velhos).
Seu projeto: criar uma galeria que comece da janela de uma fachada e termine na rua em frente – podendo desdobrar-se pelos arredores. A galeria foi inaugurada assim, com sua fachada, a janela-vitrine, a calçada da frente e parte da rua pintadas de branco. Intenção: expulsar o cubo branco do espaço interno da galeria.
Desde então, artistas vêm intervindo neste espaço de várias formas. E a proposta é que cada artista novo que chega deve trabalhar em cima da obra anterior, sem retirar nada. Portanto, a obra do primeiro artista está presente na do segundo e a do primeiro e do segundo na do terceiro, e assim vai. Obras em transformação contínua.
Orilo Blandini (Argentina) – Segunda intervenção na galeria Rosa Chancho. O sangue do boneco se estendia pelo espaço da galeria na calçada e percorria um caminho de 100 metros no qual o espectador devia guiar-se até completar a obra. No final do caminho, o espectador se deparava com um outdoor sobre um edifício da Av. Córdoba, em Buenos Aires. E lá estava escrito: SOLO le temo a la MUERTE.
3 Comments:
Bah! Espetacular! Coisas assim deviam ser tentadas também em outros lugares. Até em Porto Alegre...
Bah! O Orilo! Deu a maior confusão esse outdoor!
Conta aí, o que aconteceu?
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